Há dois anos eu tive a idéia de criar um blog para divulgar a minha equipe e ter um meio de comunicação com os alunos.
Em apenas um ano fomos eleitos pelos internautas como o terceiro melhor website brasileiro sobre Taekwondo e tivemos postagens citadas em sites e blogs de outros estados.
Há oito meses contabilizamos as visitas, e chegamos agora em dez mil.
As primeiras postagens foram essencialmente sobre o Combate Clube, e informações sobre a Copa Combate Clube. Alguns colegas pediram para divulgar outros eventos, os amigos perguntavam quando haveria postagem nova, e certa “cobrança” começou a existir.
Comecei a postar sobre os bastidores do Taekwondo baiano de uma maneira ácida, mas verdadeira, sem denúncias infundadas ou revanchismo. As pessoas liam e sabiam que era verdade, que aquilo estava realmente acontecendo, e que finalmente muitas pessoas ficariam sabendo ao mesmo tempo, de forma escrita, sem conversa fiada ou com doses de “fofoca”.
Certamente, este blog ajudou a mudar os rumos da FEBT, quando cobrou das entidades filiadas e dirigentes uma postura em relação às eleições, à prestação de contas e desmandos tão variados que ficaria difícil de acreditar se não houvessem pessoas que se negassem a continuar se submetendo e decidissem que era hora de mudar.
Mas faltava justamente isso: A cobrança!
Faltava alguém que falasse alto não apenas nas reuniões e assembléias com meia dúzia de dirigentes, que para não “rachar” o Taekwondo baiano pela centésima vez, preferiam dar tempo ao tempo.
Mas já dizia Geraldo Vandré, “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”...
Finalmente saímos daquela apatia generalizada em que nos encontrávamos e erguemos a cabeça.
Se engana quem pensa que foi tudo por conta de um dirigente de caráter duvidoso, estes existem aos montes, muitos podem estar à espreita aguardando um momento de descuido.
A mudança ocorreu dentro de nós!
Não fui eu quem fez acontecer, não foi o blog, não foram ações estúpidas de um infeliz...
Foram os anos de descaso e desrespeito, foram as perdas irreparáveis de atletas sem reconhecimento que abandonavam tanto o esporte quanto a arte marcial, foram as irresponsabilidades de dirigentes nacionais que não nos respeitavam e faziam de conta que não existíamos, sem contar com grandes nomes que simplesmente esqueceram que o Taekwondo passou um dia por suas vidas, por perderem as esperanças.
Esperança esta que por pouco não perdi...
Há muito a fazer, o caminho é longo, mas quanto antes começarmos, mais cedo teremos o resultado.
Se cada professor, mestre, dirigente e entidade fizerem sua parte, exigindo seus direitos e cumprindo com suas obrigações, ficará muito mais fácil.
Quem sabe um dia os BRASILEIROS acordam e direcionam suas forças para mudar o Taekwondo nacional?
Quem sabe isso já não começou...